Seis estratégias para combater a falta de mão de obra na construção
A dificuldade de contratar novos talentos está a afetar fortemente o setor da construção. No post de hoje, falamos de algumas estratégias para potenciar a contratação de mão de obra: modernizar a imagem do sector, promover a formação especializada, criar ambientes de trabalho mais seguros ou promover a industrialização de edifícios.
O setor da construção civil sempre foi um dos principais motores da economia portuguesa. Contudo, nos últimos anos, este setor está a enfrentar um grande desafio: a falta de mão de obra e a escassez de profissionais qualificados.
Entre as causas que estão na origem dessa escassez de mão de obra incluem-se a falta de mudança geracional, a necessidade de maior diversidade e inclusão laboral, o alto índice de acidentes no setor e, principalmente, a escassez de trabalhadores qualificados capazes de lidar com as novas inovações e tecnologias que estão a chegar.
Por isso, agora mais do que nunca, a procura por estratégias para resolver a escassez de mão de obra deve ser uma prioridade para as empresas. Enquanto empresa especializada no desenvolvimento de sistemas de isolamento térmico e materiais de construção, a Sto propõe algumas medidas:
- Melhorar a imagem do setor para atrair talentos. A construção adquiriu uma imagem de tradicionalidade, salários baixos, trabalho físico excessivo, precariedade laboral ou más oportunidades de progressão. No entanto, os seus diferentes intervenientes estão a trabalhar para estabelecer regulamentos rigorosos em matéria de segurança, aumentos salariais, conciliação e flexibilidade, e estão a promover um setor baseado na constante inovação, sustentabilidade, modernidade e contribuição social. O caminho será, portanto, redirecionar a imagem do setor para atrair uma nova força de trabalho, especialmente entre os campos mais jovens e feminino, valorizando todos os seus benefícios.
- Incentivar a formação especializada. O sistema educativo e o sistema laboral devem trabalhar em conjunto para se adaptarem às necessidades atuais do mercado, enfatizando a criação de oportunidades de formação mais especializadas nas diferentes vertentes da construção: arquitetura e engenharia, fabrico, digitalização, controlo de qualidade, produção de materiais de construção, revisão orçamental, construção, transportes, instalação… A formação é o íman para atrair novos talentos qualificados e ajudará a valorizar uma profissão que, na realidade, é criativa, prática, técnica, sustentável, com uma grande projeção e com grandes oportunidades de formação.
- Ambientes de trabalho mais seguros. A construção é um dos setores com maior número de acidentes de trabalho. Esta desvantagem poderia ser corrigida através de um maior investimento e formação em medidas preventivas e em ambientes de trabalho mais seguros e controlados.
- Promover a industrialização de edifícios. A razão é que este modelo, baseado na produção em fábrica de peças, da maioria ou a totalidade dos elementos do edifício, supõe, graças ao seu empenho tecnológico e processo automatizado, uma nova forma de construção que está a promover a captação de nova mão de obra e a profissionalização exponencial da mão de obra por várias razões: Minimiza os riscos, promove a formação especializada, capta a atenção dos trabalhadores mais jovens e favorece e promove a inclusão e a conciliação.
- Valorizar o seu carácter inovador e tecnológico. A chegada da modernização e digitalização no setor da construção civil é um facto e devemos aproveitá-lo ao máximo para atrair novos perfis: aplicação de sistemas de controlo digital, BIM, realidade virtual e aumentada, Big Data, Internet das Coisas, Cloud Computing, produtos e materiais revolucionários…
- Aumentar o uso da automação para reduzir a dependência do trabalho humano. Tal pode ser alcançado através da utilização de robôs e drones que executam áreas perigosas ou repetitivas, tais como furos ou colocação de vigas, libertando os trabalhadores da execução destas tarefas mais complexas e de maior valor acrescentado. Além disso, a automação pode ajudar a melhorar a eficiência e a precisão na construção, reduzindo custos e aumentando a produtividade.