O calor não é o único inimigo do conforto em casa

As casas também são afetadas pelas ondas de calor. As altas temperaturas exteriores e o excesso de radiação solar típicos do verão provocam o sobreaquecimento das paredes dos edifícios o que, por sua vez, conduz ao aumento das temperaturas no interior. Um fenómeno que afeta diretamente a saúde e o bem-estar dos moradores e que altera significativamente o “conforto” da casa, entendido como o prazer e a comodidade que um espaço proporciona. Sendo assim, este é um dos aspetos a considerar durante o processo de construção ou reabilitação de um imóvel.

No entanto, o calor não é o único inimigo de uma casa saudável e confortável. Muitos outros aspetos podem alterar o bem-estar de um lar e prejudicar a qualidade de vida dos seus habitantes.

Neste artigo, os especialistas da Sto identificam os requisitos de construção e design de interiores necessários para alcançar o máximo conforto numa casa:

• Ter muita luz natural. A luz solar regula os sistemas metabólicos e demonstrou reduzir a fadiga ocular e a irritabilidade. É uma das condições mais valorizadas na avaliação do conforto e bem-estar de uma casa. Algumas técnicas de design de interiores e construção para potenciar exponencialmente este aspeto são:

• • Utilizar tintas e cores claras nas paredes, tetos, móveis e têxteis.
  • Instalar de janelas altas e amplas com a orientação adequada (sul), bem como de janelas no telhado ou claraboias.
  • Optar por cortinas, persianas ou estores não demasiado grossos.
  • Apostar em mesas e portas de vidro, e por portas de correr.
  • Colocar espelhos em áreas estratégicas.

• Excelente qualidade do ar interior. Pólen, pó, ácaros, odores, fumo ou poluentes são apenas algumas das substâncias que impregnam diariamente o ar interior de qualquer espaço. Tendo em conta que passamos grande parte do nosso tempo em espaços fechados (estima-se que cerca de 20 horas por dia) é essencial garantir que a qualidade do ar interior seja ótima para a saúde.

A melhor forma de lidar com este problema é utilizar sistemas de filtração e purificação para remover partículas e possíveis poluentes, optar por sistemas de ventilação mecânica controlada que ajudem na renovação do ar interior, ou utilizar plantas.

Além disso, atualmente existem revestimentos de diferentes composições e tintas inteligentes que, além dos seus propósitos estéticos e de construção, são capazes de proporcionar uma proteção fiável contra a humidade ou substâncias nocivas. Assim, como parte do sistema de anti fissuras, é possível evitar a sua formação e até mesmo evitar a sujidade ou a proliferação de microrganismos devido à humidade e outros tipos de contaminação, proporcionando um ambiente ótimo e uma melhoria da higiene.

• Temperaturas entre 23-25ºC e humidade não superior a 60%. Para atingir o denominado “conforto hidrotérmico”, é necessário que a temperatura interior se situe na ordem dos 23-25ºC (de acordo com o Regulamento de Instalações Térmicas em Edifícios), que a humidade esteja entre 40-60% e que não existam correntes ou rajadas de ar. As soluções de construção mais eficazes para a regulação destas características são a utilização de sistemas de climatização eficientes, o isolamento térmico, o gesso ou placas de gesso cartonado, uma boa escolha de carpintaria ou a utilização de sistemas e dispositivos de controlo de temperatura e humidade relativa.
• Conforto acústico. Cada vez é mais frequente que este fator seja tido em conta na construção e reabilitação, ou na remodelação de áreas interiores. E a verdade é que, embora os incómodos causados ​​pelo ruído variem de acordo com a tolerância de cada pessoa, as consequências de um mau condicionamento acústico podem afetar a saúde e o bem-estar dos moradores: distúrbios do sono, perturbação do descanso, dificuldades de comunicação e de concentração, dores de cabeça…

Neste sentido, para além da necessidade de instalar soluções de condicionamento acústico nas casas (com especial atenção aos tetos), é também aconselhável utilizar outros elementos decorativos que amorteçam os ruídos, tais como tapetes, cortinas e móveis estofados.

O design de interiores também é importante para o conforto

Um lugar limpo, ordenado, com uma distribuição adequada, com tons agradáveis ​​e com mobiliário confortável e funcional também é essencial para que as pessoas consigam alcançar níveis ótimos de bem-estar físico, emocional e psicológico. Por este motivo, o design e a decoração de interiores tornaram-se em elementos-chave no conforto do lar.

Tendo em conta que cerca de 80% das impressões que uma pessoa recebe são visuais, a escolha das cores é um dos primeiros aspetos a ter em conta no design de interiores.

Os especialistas da Sto dão-lhe algumas orientações: os tons claros dão uma sensação de amplitude, frescura e tranquilidade, os tons escuros aportam segurança, os tons garridos geram positividade e frescura, os tons mais quentes sugerem uma sensação de intimidade e conforto e os tons mais frios são mais frescos, o que os torna ideais para áreas de relaxamento.