Fique a par das tendências que vão marcar a construção e a arquitetura em 2023
Como de costume, cada ano traz consigo novas tendências que não escapam ao setor da construção e arquitetura, e hoje, no Espacio Sto, antecipamos algumas das que irão caracterizar o próximo ano.
Nos últimos anos, muitos sectores evoluíram exponencialmente, e o sector da arquitetura e da construção não foi exceção. Esta indústria tem vivido grandes progressos para modernizar e enfrentar eficazmente os diferentes desafios que se avizinham: défice de produtividade, falta de mão-de-obra qualificada ou necessidade de adaptação a rigorosos padrões de qualidade, sustentabilidade e eficiência energética. Por isso, o próximo ano de 2023 será um ano-chave em que a inovação, a digitalização, a sustentabilidade e a aplicação de tecnologias, métodos e sistemas vanguardistas permitirão um salto exponencial para a indústria.
Não há dúvida de que a construção é um sector-chave para a economia e para alcançar um mundo livre de emissões. Num contexto de alterações climáticas e crise energética, isso verifica-se especialmente importante não só para novos edifícios, mas também para orientar o mercado de reabilitação para uma construção mais sustentável, algo que em Portugal tem uma larga margem de melhoria e que começou a ganhar força nos últimos anos, impulsionado pela nova vaga de reabilitação que está a ser promovida pelo Plano de Recuperação, Transformação e Resiliência (PRTR), com o benefício dos fundos europeus da Próxima Geração.
O impulso para uma construção eficiente trará consigo a implementação de novidades muito focadas na sustentabilidade
Os especialistas da Sto explicam-lhe algumas das principais tendências na construção e arquitetura que vão marcar 2023:
- Cada vez mais elementos e sistemas rumo à eficiência energética. A promoção da reabilitação e o elevado custo energético trarão consigo um maior impulso de todos os elementos que ajudam a reduzir os custos energéticos: sistemas de isolamento térmico para o exterior e interior, fachadas ventiladas, carpintaria de qualidade, sistemas de poupança de água, aparelhos de baixo consumo, utilização de energias renováveis, sistemas de correção e prevenção de pontes térmicas… Elementos que, além disso, estão constantemente a desenvolver-se e a melhorar.
- Nova geração de sistemas fotovoltaicos. O boom na geração de energias renováveis fotovoltaicas está a trazer consigo, para além da implementação de soluções clássicas em telhados inclinados ou planos, outros tipos de sistemas integrados em fachadas, especialmente em edifícios multifamiliares. Este salto qualitativo permite que estas soluções sejam combinadas com outros tipos de sistemas eficientes, tais como fachadas ventiladas ou sistemas ITEs, ajudando a gerar eletricidade de alto desempenho, enquanto poupa energia isolando o edifício.
- Construção industrializada veio para ficar. A necessidade de dar um maior impulso à sustentabilidade, digitalização e automação na construção continuará a colocar o modelo industrializado em destaque, tanto na construção nova como na reabilitação, graças aos benefícios que traz: a otimização dos tempos de produção graças à criação em fábrica da totalidade ou parte dos elementos de um edifício, redução do impacto ambiental da construção e criação de empregos muito mais especializados, seguros, atrativos e inclusivos.
- Realidade virtual e aumentada para visualização de projetos futuros. Esta tecnologia está a ajudar arquitetos, promotores e utilizadores a visualizar com maior precisão o futuro trabalho a realizar. Assim, nos próximos meses, a realidade aumentada continuará a ganhar popularidade. O seu uso será benéfico para detetar defeitos e fazer alterações antes do início da construção, o que reduzirá significativamente os custos, prazos e erros.
- A implementação do BIM torna-se uma prática quase obrigatória. Nos últimos anos, houve grandes barreiras que impediram a implementação completa do BIM para materializar projetos. Entre elas, o investimento neste tipo de ferramentas, a formação de profissionais para as utilizar ou a necessidade de uma mudança cultural nos processos. No entanto, em 2023, será uma ferramenta quase obrigatória. O Parlamento Europeu está a desenvolver grandes esforços para a sua aplicação, nomeadamente através da sua inclusão nas regras relativas aos contratos públicos e às regras de concurso. Apesar de ainda não ter a presença que deveria em Portugal, está gradualmente a substituir o CAD e outros modelos 2D.
- Novos materiais, baseados em compósitos ou em tecnologias avançadas para aumentar a sua resistência. A dinâmica de novos materiais na indústria da construção deverá sofrer um novo boom em 2023: os compósitos, ligas avançadas e outros materiais feitos à base de materiais bio, bem como materiais reforçados com nanotecnologia, tornar-se-ão cada vez mais populares, proporcionando maior força, durabilidade e sustentabilidade.
- As curvas voltaram. Desde que o chamado “Estilo Internacional” canonizou o uso de linhas retas, as formas curvas foram relegadas para projetos orgânicos ou áreas experimentais. No entanto, agora, graças à inovação em materiais e sistemas (fachadas, revestimentos, acabamentos, vidro e carpintaria, etc.) as linhas curvas estão a tornar-se cada vez mais populares na arquitetura contemporânea. Este boom também estará presente em outros elementos decorativos, como sofás, mesas, tapetes, lâmpadas…, com o objetivo de adicionar design a qualquer quarto e alcançar um visual moderno, intemporal e original.
- Mistura de tons quentes e frios. Ao nível da decoração, tudo indica que em 2023 se tenderá a jogar com cores quentes e frias. Beges, castanhos e brancos trazem calor e, com toques azuis ou verdes, a decoração ganhará maior sobriedade e elegância.